Apoiadores de Bolsonaro temem impacto de julgamento do STF nas redes sociais

Apoiadores de Bolsonaro temem impacto de julgamento do STF nas redes sociais 545g44

Aliados de Bolsonaro se preocupam com transmissão ao vivo do julgamento e articulam estratégias para rebater possíveis repercussões negativas nas redes sociais

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira, 25, o julgamento que decidirá se o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete de seus aliados se tornarão réus por suposta tentativa de golpe após Bolsonaro não ter sido reeleito nas eleições de 2022.

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De acordo com informações do jornal O Globo, há apreensão entre os apoiadores do ex-presidente quanto ao desfecho do caso e ao impacto da transmissão do julgamento pela TV Justiça. A medida gerou desconforto entre os aliados, que temem repercussões negativas na opinião pública. Transmitir julgamentos no plenário do STF é algo comum, mas decisão é rara em sessões das turmas. 

Outro fator que gera preocupação é a participação direta do procurador-geral da República, Paulo Gonet, na sustentação oral da acusação, uma função que tradicionalmente é desempenhada por subprocuradores em casos julgados pelas turmas.

Diante do cenário, aliados de Bolsonaro se mobilizam para minimizar possíveis impactos negativos da sessão. A principal estratégia é atuar nas redes sociais para contestar trechos específicos do julgamento e rebater acusações, especialmente aquelas que possam conter expressões como “golpe”, “violência” e “invasão”. A intenção é impedir que a narrativa predominante desfavoreça o ex-presidente e seus aliados.

Esse esforço digital ocorre em meio a uma tentativa mais ampla de demonstrar apoio popular a Bolsonaro. Recentes eventos de mobilização tiveram adesão considerada abaixo do esperado, como o ato pró-anistia aos envolvidos do 8 de janeiro que teve a presença de Bolsonaro na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O número de apoiadores diverge entre as entidades que contabilizaram os presentes, mas aponta para baixa adesão à manifestação.

A expectativa dos apoiadores é de intensificação das atividades nas redes sociais até a realização de um ato político planejado para São Paulo.

Nos últimos dias, a defesa de Bolsonaro tentou ainda que os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin se declarassem impedidos de julgar o caso. Em relação a Dino, a alegação baseia-se em uma queixa-crime apresentada por ele contra Bolsonaro em 2021, quando era governador do Maranhão. Quanto a Zanin, a defesa argumentou que sua atuação anterior como advogado do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderia comprometer sua imparcialidade.

Ambos os ministros, contudo, afirmaram não haver impedimentos e se declararam aptos a analisar a denúncia. O STF adotou medidas de segurança reforçadas para a sessão, com controle mais rígido de o e um esquema especial para prevenir ataques cibernéticos. Além disso, foram convocadas sessões extraordinárias para garantir a análise detalhada do caso.

Além de Bolsonaro, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) inclui:

  • Os ex-ministros Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa)

  • O ex-comandante da Marinha Almir Garnier

  • O ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem

  • O ex-ajudante de ordens Mauro Cid

  • A Primeira Turma conta com os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Para o julgamento, foram agendadas três sessões: na manhã e na tarde de terça-feira, 25, e uma sessão extra na manhã de quarta-feira, 26, caso seja necessário mais tempo para a deliberação.

    A expectativa é que os cinco ministros da turma consigam concluir os votos nesta semana e definir se a denúncia será aceita ou arquivada.

    O julgamento terá início com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, seguida pela manifestação de Paulo Gonet.

    Posteriormente, as defesas dos acusados terão a oportunidade de apresentar seus argumentos antes da votação dos ministros, que decidirão se aceitam a denúncia e tornam os investigados réus.

     

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