Mãe acusada de bater no filho autista é agredida em hospital em Fortaleza
Vídeo mostra suspeita sendo xingada, chutada e tendo os cabelos puxados por outras mulheres dentro da unidade de saúde; ela foi acusada por dar tapas no filho autista
Uma mulher de 41 anos foi agredida por um grupo de mulheres após ser acusada de bater no próprio filho de 13 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O caso aconteceu na tarde desse sábado, 31, em uma das alas de internação do Hospital Infantil Filantrópico Sopai, no bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza.
Um vídeo feito no local por populares mostram a suspeita sendo xingada e, em seguida, chutada. Ela também teve os cabelos puxados por outras mulheres dentro da unidade de saúde. A vítima tentou se defender das acusações e chegou a negar que tinha batido no filho.
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Apesar de rebater as acusações, a suspeita continuou a ser agredida pelo grupo no local. Em nota, o Sopai informou que a equipe de segurança do hospital conseguiu isolar e reter a mãe envolvida até a chegada da Polícia Militar.
A Polícia Militar do Ceará (PMCE) informou que a mulher foi acusada de dar tapas no filho no local. A vítima foi detida por uma equipe da 1ª Companhia do 20º Batalhão de Polícia Militar (1ª Cia/ 20º BPM), levada para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e autuada por lesão corporal.
Ainda segundo a PMCE, o Conselho Tutelar foi acionado por meio de assistente social do hospital e, após tratativas, o irmão de 20 anos ficou responsável pelo adolescente. O POVO opta por não divulgar o vídeo das agressões.
Adolescente segue internado na unidade de saúde
O adolescente suspeito de ter sido agredido pela mãe segue internado na unidade de saúde, agora sob os cuidados do irmão mais velho de 20 anos, que assumiu a função de acompanhante legal. Ele chegou a ser levado à Perícia Forense do Ceará (Pefoce) para avaliação de possíveis lesões decorrentes da suposta agressão.
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Segundo o Sopai, o serviço social da unidade de saúde está acompanhando o caso de perto e prestando todo o e necessário para garantir a segurança e o bem-estar do paciente.
“A instituição está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e continuará adotando todas as medidas necessárias para assegurar um ambiente acolhedor, seguro e respeitoso para seus pacientes e familiares”, disse em nota.