Impressão digital de 43 mil anos pode ser a mais antiga já encontrada

Impressão digital de 43 mil anos pode ser a mais antiga já encontrada

Uma digital de 43 mil anos, possivelmente deixada por uma criança neandertal, pode ser o registro humano mais antigo já encontrado em arte rupestre

Um toque de dedo gravado em pedra pode estar ressignificando tudo o que se conhece sobre arte pré-histórica e cognição humana.

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Pesquisadores descobriram o que pode ser a mais antiga impressão digital humana já registrada — com cerca de 43 mil anos — em uma pedra decorada encontrada na Caverna de Ardales, no sul da Espanha.

A descoberta foi anunciada por uma equipe internacional de arqueólogos, liderada pela Universidade de Cádiz, e fortalece a ideia de que os neandertais não apenas dominavam técnicas de criação artística, como também deixaram registros complexos e intencionais — incluindo, neste caso, uma digital perfeitamente preservada.

Primeira impressão da história: arte rupestre de 43 mil anos

O achado está inserido em um contexto mais amplo de arte rupestre já identificado na mesma caverna, estudada em 2018 por um grupo britânico-espanhol, onde foram encontrados vestígios de pinturas que antecedem o surgimento do Homo sapiens moderno na Europa.

Conforme destaca a ScienceAlert, análises recentes com datação por urânio confirmaram que o fragmento tem pelo menos 43 mil anos — o que torna essa impressão digital a mais antiga já registrada em material artístico.

Mas a descoberta vai além do registro biométrico. Em entrevista ao The Guardian, o arqueólogo José Ramos, que participou da pesquisa, explicou que a digital “funciona como um rosto” e humaniza ainda mais o autor da arte.

“Temos uma obra de arte feita com pigmento, com uma forma decorada, e agora sabemos que alguém a tocou. E esse alguém era um neandertal”, afirmou.

A origem seria de um jovem: impressão deixada por uma criança ou adolescente

A equipe também utilizou reconstruções digitais em 3D da peça e comparações com padrões de impressões digitais de humanos modernos e ancestrais para confirmar a origem da marca.

Conforme detalhado pela Live Science, a largura e o ângulo dos sulcos indicam que a impressão provavelmente foi deixada por uma criança ou adolescente, com idade entre 2 e 12 anos. Isso levanta hipóteses sobre práticas de aprendizado, expressão coletiva ou mesmo brincadeiras com tintas naturais.

O caráter intencional da arte é ainda reforçado pela disposição dos pigmentos e pelos vestígios de raspagem e polimento observados na superfície da pedra. Os pesquisadores acreditam que o fragmento fazia parte de uma composição visual maior — possivelmente ligada a símbolos ou rituais neandertais.

 

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